O mercado no ano de 2019 teve muitas variações importantes, mas, mais importante do que acompanhar essas mudanças, é saber o que aprender com elas.
Especialistas concordam: a recuperação da economia brasileira em 2019 tem sido lenta. Ainda assim, o mercado brasileiro teve alguns acontecimentos neste ano.
E não foi só por aqui: a guerra comercial entre China e Estados Unidos, a crise na Argentina e o acordo entre Mercosul e União Europeia movimentaram o noticiário.
E trouxeram reflexões para quem empreende ou investe.
Neste artigo da Zucchi, relembre alguns dos principais acontecimentos do mercado de 2019!
Crescimento das atividades da indústria
O início do ano foi incerto, mas, finalmente, a economia brasileira começou a dar sinais de melhoria.
De acordo com o IBGE, a indústria fechou o segundo trimestre do ano com um crescimento de 0,4%. Com isso, o crescimento projetado da indústria em 2019 ficou em 0,9%.
Esse aumento, abaixo de 1%, pode indicar uma tendência de melhora para 2020. Ainda assim, é um crescimento pequeno.
Recuperação aparente do desempenho econômico no Brasil
O Brasil escapou de uma nova recessão, mas, ainda assim, o crescimento foi tímido. O governo adotou um programa de ajustes fiscais e privatizações para retomar o crescimento da economia.
Mesmo após a aprovação da Reforma da Previdência, os investimentos ainda não vierem, apesar de a inflação permanecer baixa.
O desemprego continua alto, com grande parte da população optando pela informalidade.
Guerra comercial entre China e Estados Unidos
Fora do Brasil, China e Estados Unidos tiveram diversos encontros de autoridades, mas, ainda assim, tiveram dificuldade para encerrar disputas comerciais, conseguindo apenas um pacto temporário.
Trump, por exemplo, elevou tarifas sobre os produtos chineses. A China também anunciou taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos.
O receio é que essa disputa provoque uma desaceleração na economia do mundo todo. Na União Europeia, por exemplo, a Alemanha teve queda do Produto Interno Bruto no terceiro trimestre.
Por isso, vale ficar atento a essa disputa.
Em dezembro de 2019, os países ainda buscavam um acordo.
Crise cambial na Argentina
Mesmo fazendo um empréstimo com o FMI, no governo de Mauricio Macri foi grande a desvalorização do peso frente ao dólar.
A vitória do opositor Alberto Fernández trouxe incertezas sobre os novos rumos da economia.
Acordo entre União Europeia e Mercosul
Depois de mais de 20 anos de suas criações, União Europeia e Mercosul chegaram a um acordo comercial.
O acordo busca reduzir tarifas para setores-chave, como o de automóveis e o agrícola.
É a criação de um mercado de 800 milhões de consumidores, algo bastante interessante para empreendedores brasileiros.
SoftBank na América Latina
O SoftBank é uma multinacional japonesa conhecida por fazer grandes investimentos em empresas ao redor do mundo.
Em 2019, anunciou um fundo de 5 bilhões de dólares destinados a empresas da região, com prioridade para o Brasil.
Empresas brasileiras como a plataforma de ecommerce VTEX e a startup de marketplaces Olist estão entre as beneficiadas até o momento.
Além disso, também pretende lançar por aqui o Latin American Tech Hub Incubator, incubadora para fomentar o desenvolvimento de negócios inovadores da região.
Outro objetivo é trazer para cá algumas empresas em que o SoftBank já investiu.
Uma bolha de unicórnios?
Esses investimentos de quantias grandiosas em startups, apesar de positivo, mostram também um outro lado: será que está sendo criada uma bolha de unicórnios?
Em 2019, diversas empresas consideradas unicórnio — avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares — perderam valor ao abrirem capital.
A expressão foi criada após acontecimentos como o fracasso do IPO da WeWork, empresa de escritórios compartilhados, os famosos coworkings, que tinha sido avaliada em 47 bilhões de dólares devido a sucessivos investimentos.
Ao ingressar na bolsa de valores americana, no entanto, a WeWork perdeu valor. O mesmo aconteceu com outros IPOs, como o dos também unicórnios Uber e Lyft.
Isso coloca em suspeita o otimismo exagerado com que essas empresas de tecnologia são vistas, seja no recebimento de investimentos, seja na ideia de que vão revolucionar o mundo.
Além disso, são negócios que ainda não dão retorno financeiro, portanto, a especulação é grande.
A era dos super aplicativos
Neste ano, ganhou destaque também a expressão “super aplicativos”, aqueles que reúnem diversos serviços em um só app.
Além da comodidade, são benéficos por ocuparem menos espaço no celular. No Brasil, a Rappi tem movimentado o setor.
Entregas de supermercado, farmácia, lojas e serviços de beleza estão disponíveis no app da startup colombiana.
Mas o super app mais conhecido do mundo é o chinês WeChat, que tem 1 bilhão de usuários.
Além de mandar mensagens, é possível resolver quase todos os problemas do dia a dia no aplicativo, como pagar contas, pedir comida, marcar consulta médica, chamar táxi e ver as publicações dos amigos.
E para você, qual foi o grande destaque do mercado em 2019? Quais os seus aprendizados? Deixe seu comentário e continue acompanhando o blog da Zucchi!